quarta-feira, 30 de março de 2011

Minha liberdade de repressão

Caracterizei os escritos
Joguei nas páginas dos meus livros
Propago a meu favor a repressão
Junto com os erros de minhas palavras ilógicas
Generalizo as pessoas e a vida e as jogo no meu chão

Sou do tipo que sabe tudo
Mas cuspo merdas da minha garganta
Tento brincar com a minha língua
E me proponho casamento com ignorância

Entrando na paranóia da escravidão
Querendo liberar a gozação
Espremendo o sangue das entidades virtuais
Porque eu sou as verdades das coisas banais
Dos tabus podres e dos cheiros mortais

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Rezei para não pecar...

Cadeiras vazias, templos depredados
A fé o faz prosseguir e o compromisso não pode ser rompido
Poucas almas e sua atenção se direciona
Para os passos de saltos altos e saia comprimida
"És uma mundana"

A confissão nas bancas de madeira
E ela reza e pede perdão
Os "demônios" tomam contam do seu corpo
Um barulho da abertura do paraíso
"Perdoia-me nobre mensageiro"

Os bicos prontos e realçados
Atacam-se como animais durante o pecado
Ele a toma para si
Um momento carnal de orgias divinas
Entre almas despedaçadas

Os gritos pela saída do pecado
Onde esporram os adornos e os alicerces sagrados
O prazer do tabaco largam seus orgãos
Em sua face, onde seu olhar era dor e confusão
O impulso o faz esmagar o demônio sedutor

A pulsante ereção batinal o faz atacar
A mais senhora das senhoras
Uma apenas que buscava a "salvação" para sua alma.

Os corpos no cosmo (Madrugadas entre quatro paredes)

Um antro nos corpos adormecidos
Amanciações e explosões em fortes risos
Dormência nas íntimas e livres pelagens
Com o gozo no ventre e na efervescência
Da união as ondas batem na bica da praia

Sol no corpo cobre o prazer
Timidamente recoloco-me dentro de uma alma
Que tecem o ser
E sussurram
E sussurram
E sussurram de prazer...

A elevação do álcool nos bares ao redor
Fazem o corpo entreter-se e modula
O cosmo aleatoriamente nas paredes de tintura a óleo
A forma e os desejos transformam as palmeiras
Em fetiches paisagísticos nas areias da baía.


Thiago Arregue de Lemos
1° de Fevereiro de 2010

Bem-vindos ao mundo de Charles Bukowski

Calçadas esburacadas e bêbados jogados nas sarjetas

Com um impulso incontrolável e de índole “trépado”

E de fortes alucinações por vontades.

Caminham, brigam e riam pelas ruas desertas de rios poluídos.

Carnes e penteados oferecidos nos postes próximos aos edifícios de mármore.

Sentimentos de verdade aumentam

O fogo quente e a adrenalina passam

Pelas suas veias estufadas endurecidas

E dentro de uma concha fazem explodir e rebolarem

Até caírem no chão

Fardados entram numa repleta repressão copular

Atacando os montanhosos seios e adentrando na região de Anos chuvosos

E na liquidez, caíam afogando-se em sua própria lama.

E a sete palmos da terra ele sorria na cama.

Thiago Arregue de Lemos

1° de Fevereiro de 2010

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Campos Elísios

Campos Elíseos

É madrugada na “terra dos perdidos”

Acorrentados e amordaçados por um hino

Não são capazes de pensar, sentir ou falar

Esses campos, não são mais o paraíso

Terra vermelha é a cor dos campos Elíseos

Acabam as nuvens radioativas

Mas naquele lugar frio e distante

Vagam pedaços de almas agonizantes

Presos até a viagem às estrelas

Anistias, orações e paixões

Perseguidas por frases de santos com

Publicidades depreciativas reiniciam um novo evento de ódio e moral

O passado retorna minhas memórias esquecidas

Fugas e torturas me fazem lembrar de que o mundo não muda “ideologias”

E percebo que não estou mais no paraíso

Terra vermelha é a cor dos campos Elíseos


Thiago Lemos (5/08/2008 – 01h00AM)

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